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Foto Paulete MatosA campanha em defesa do Serviço Nacional de Saúde prosseguiu esta terça-feira com Francisco Louçã a visitar o Hospital Sousa Martins na Guarda. Uma oportunidade para defender "um novo hospital que aproveite o que se pode aproveitar das antigas instalações". À noite houve uma sessão pública com 50 pessoas na Covilhã com muitas críticas à política de saúde do governo.

 

"O Governo tem ido por maus caminhos e tem criado até patologias e doenças no SNS", afirmou Louçã, exemplificando com o encerramento de serviços e a aplicação de taxas moderadoras. "É preciso acabar com esta visão de que a saúde é um negócio, que a saúde tem que fazer lucro", defendeu o dirigente bloquista.

O Bloco continua a desenvolver iniciativas em defesa do SNS, com a recolha de assinaturas para a petição a entregar no parlamento em Março. "É indispensável ter uma nova visão do serviço de saúde", disse Louçã, acrescentando que "todo o sistema tem de deixar de ser um sistema hostil e violento para as pessoas e passar a ser um sistema amigável das pessoas".

"Por isso - apontou -, é que é preciso acabar com a violência que são as taxas moderadoras na urgência, no internamento ou, em geral, no serviço de saúde".

Francisco Louçã também defendeu a urgente requalificação e ampliação do centenário Hospital Sousa Martins, onde foi recebido pela administração e visitou o bloco de partos e as unidades de Oncologia e de Cuidados Intensivos (encerrada para obras de ampliação, devendo reabrir em Março).

"É no interior que está a maior penalização das populações", observou, considerando que "há uma perseguição ao interior com uma visão economicista e mesquinha que leva o serviço de saúde a desequilibrar-se e a desorganizar-se".

Louçã concluiu com um aviso sobre o desperdício de milhões que se evaporam na gestão hospitalar: "ao pensar [na construção de novos hospitais] utilizemos muito bem o dinheiro e não percamos tempo a entregar, até dois mil e quarenta e tal, à gestão da iniciativa privada, que gere pior que o público", afirmou, numa alusão aos dez hospitais que o actual governo tenciona construir no âmbito de parcerias público-privadas.