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Foto André BejaMoradores de Almada manifestam-se esta quarta-feira em frente ao Ministério da Economia contra a instalação de uma linha de muito alta tensão entre a Trafaria e de Fernão Ferro, que irá atravessar zonas urbanas de grande densidade populacional. Leia no site do Bloco/Lisboa o comunicado do grupo de cidadãos que convoca a iniciativa e a opinião da deputada do Bloco Mariana Aiveca no site do Bloco/Setúbal. E veja também o pedido de explicações ao governo entregue na Assembleia da República.

Comunicado: 

"TAMBÉM EM ALMADA, NÃO QUEREMOS LINHA DE ALTA TENSÃO NO MEIO DA POPULAÇÃO "
 
Há cerca de três semanas, teve início a implantação dos primeiros postes da linha de muito alta tensão que percorrerá os concelhos de Almada e do Seixal, após a suspensão decretada anteriormente nalguns locais específicos.

Com o objectivo de estabelecer a ligação entre as subestações da Trafaria e de Fernão Ferro, a Rede Eléctrica Nacional (REN) estabeleceu um traçado que põe em risco a saúde pública dos cidadãos e a qualidade ambiental do município.

Desde Agosto de 2007, um movimento de cidadãos de Almada tem vindo a manifestar o seu descontentamento face ao traçado em causa. Nalguns casos, está prevista a colocação de postes a uma distância inferior a 10m das habitações e a menos de 40m de escolas frequentadas por crianças a partir dos três anos de idade. Estas acções revelaram-se sempre infrutíferas .

Considerando os diversos estudos efectuados, que mantêm as dúvidas quanto à ausência de efeitos das radiações electromagnéticas sob a população, a malha urbana existente, as escolas afectadas e o bem-estar dos almadenses, o movimento de cidadãos promove um protesto junto do Ministério da Economia, no sentido da decretação imediata da suspensão da construção da linha em apreço.

Saúde pública não é ausência de doença. Uma verdadeira política de saúde aplica, efectivamente, o princípio da precaução.

Os cidadãos exigem a realização de estudos para um traçado alternativo, ou mesmo o enterramento da linha nas zonas de maior densidade urbana, assim como um verdadeiro estudo de impacte ambiental, que tome em consideração a situação actual do traçado e seus efeitos.

Será igualmente entregue um vasto conjunto de petições e abaixo-assinados sobre esta matéria e solicitada uma audiência com o Ministro, para que tome as diligências necessárias.

O protesto tem lugar quarta-feira, dia 12 de Dezembro, às 12h, na Praça Luís de Camões.

Pelo Grupo de Cidadãos contra a Linha de Muito Alta Tensão em Almada