Imprimir
Acessos: 4863
residuosO Bloco de Esquerda do Litoral Alentejano divulgou um comunicado em que denuncia que o governo Sócrates ficou de mãos livres para decidir como entender na questão do tratamento dos resíduos industriais perigosos depositados a céu aberto no aterro sanitário entre Vila Nova de Santo André e Sines. Isto porque todos os quatro concorrentes foram excluídas do concurso público que o governo foi obrigado a abrir por pressão da Quercus. O Bloco considera que "tudo indica que a solução escolhida seria a da co-incineração, proposta pelo consórcio Secil/Cimpor, apesar de mais cara, com quase o triplo de custos em relação á solução mais barata, não fosse o facto de decisões judiciais manterem suspenso o processo de co-incineração."

Leia o comunicado do Bloco em formato PDF.

Para o Bloco de Esquerda:

- os resíduos industriais perigosos devem ser tratados no local, evitando-se o transporte desses materiais perigosos por estradas sem condições, com fluxos de trânsito consideráveis e atravessando diversas povoações.

- o seu tratamento deve ser por processos fisíco-químicos, por serem os que menos atentam contra a qualidade ambiental.

O Bloco apoia as diligências e as iniciativas que a Quercus providencie no sentido de esclarecer os termos em que o concurso público decorreu, as condições e argumentos que conduziram à eliminação de todos os concorrentes, bem como quanto à respectiva responsabilização.

E conclui: "Não é socialista um Governo que assim procede. A sustentabilidade ambiental é uma das bases fundamentais do desenvolvimento e da qualidade de vida e a solução dos problemas ambientais não podem ser reduzidos a um mero negócio, para mais à custa de dinheiros públicos."