Em comunicado de imprensa, a Concelhia de Lisboa do Bloco de Esquerda considera que Carmona Rodrigues e Marques Mendes se preparam para acrescentar uma crise democrática, à crise financeira, política e de credibilidade do executivo municipal. "O plano de recurso que o PSD começa já a implementar, no sentido de promover Marina Ferreira a Presidente da CML, é um golpe palaciano que subverte a legitimidade e democraticidade do actual executivo e não resolve nenhum dos problemas criados por esta maioria" acentua a concelhia do BE, que reafirma que: "só a realização de eleições intercalares pode assegurar o normal funcionamento de uma instituição indispensável à vida de todos os lisboetas".
Lisboa continua à espera do PSD
O Presidente da Câmara Municipal de Lisboa adiou as declarações no DIAP sobre as acusações de que é alvo no processo do Bragaparques.
O tempo que Carmona Rodrigues pretende ganhar com esta manobra é tempo perdido para a resolução da crise na Câmara Municipal. Manobras de diversão desta natureza impedem o rápido esclarecimento dos processos judiciais em curso - que o próprio presidente já tinha reclamado - e a criação das condições políticas e institucionais que permitam um adequado funcionamento da autarquia.
Esta crise paralisa o funcionamento da CML, compromete a prestação de serviços indispensáveis à população e provoca danos irreparáveis à credibilidade de uma das instituições mais importantes do país.
À crise financeira, política e de credibilidade, Carmona Rodrigues e Marques Mendes preparam-se para acrescentar uma outra: a crise democrática. O plano de recurso que o PSD começa já a implementar, no sentido de promover Marina Ferreira a Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, é um golpe palaciano que subverte a legitimidade e democraticidade do actual executivo e não resolve nenhum dos problemas criados por esta maioria.
Marina Ferreira faz parte deste executivo desde a primeira hora e é tão responsável pela situação da cidade e da autarquia como a restante vereação.
Neste contexto, e na sequência do que foram compromissos assumidos no passado pelo presidente do PSD, Dr. Marques Mendes, o seu silêncio e o da sua direcção são ensurdecedores.
Para a Concelhia de Lisboa do Bloco de Esquerda, só a realização de eleições intercalares pode assegurar o normal funcionamento de uma instituição indispensável à vida de todos os lisboetas. É perante os lisboetas que Marques Mendes e o PSD terão que responder se tal não vier a acontecer.
Lisboa, 30 de Abril de 2007
A Concelhia de Lisboa do BE