No dia 10 de Janeiro de 2007, em frente do Tribunal Fiscal e Administrativo de Coimbra, militantes e autarcas do Bloco de Esquerda vestiram T-Shirts onde se lia a palavra "ILEGAL", protestando contra o facto de o processo Eurostadium aguardar decisão judicial há já dois anos. Paulo Antunes, do Grupo Autárquico do BE, que, enquanto cidadão, lançou o processo, salientou que a justiça tem prestar contas em relação aos tempos do seu trabalho, sob pena de estar em causa o estado de direito.
Os cidadãos e as cidadãs não podem deixar de se interrogar sobre se a justiça tem uma ou duas medidas: uma para o cidadão comum e outra para o poder político e económico, lia-se em comunicado distribuído à população.
Recorde-se que o caso diz respeito à construção de apartamentos de luxo num local reservado pelo PDM a equipamentos de utilização colectiva. São réus a Câmara de Coimbra e uma empresa do Grupo Amorim.
A Câmara pode perder o mandato em caso de condenação. Para o BE, trata-se de um dos primeiros casos onde se manifestou um eventual triângulo de corrupção entre a autarquia, os interesses imobiliários e o futebol, já que na origem do processo está um projecto de arquitectura que mereceu a aprovação de José Eduardo Simões, Presidente da Académica, enquanto Director Municipal da Administração do Território, em 2003. O mesmo José Eduardo Simões foi recentemente acusado de crimes de corrupção que indiciam relações semelhantes.