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Louçã falou da crise financeira global e da mobilização social na educação"Ao ignorar os protestos dos professores" e as "críticas de Manuel Alegre, a ministra da educação demonstra que não percebeu o que se está a passar", afirmou Francisco Louçã durante um debate sobre "Crise económica e Universidades", na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

 

 "Não aceitamos a ideia de que as propinas, que antes garantiam a investigação científica, agora sirvam para pagar salários, fazendo os estudantes pagar pelo que devia ser pago pelo Estado", criticou Louçã, num debate que juntou dezenas de estudantes.

 O deputado do Bloco apontou ainda as reformas "milionárias dos banqueiros" e a tentativa por parte dos bancos de "recuperar nos juros à habitação o que perderam com a crise", como razões para a continuidade do que afirma ser uma "crise não só financeira mas também do sistema de acumulação e organização do capital".

Louçã defendeu ainda que "o impulso da crise financeira internacional agrava todas as perspectivas em relação a 2009, em especial em relação ao emprego", temendo que ao verificar-se uma recessão nos EUA, esta alastre a Portugal, contrariando as estimativas do governo de crescimento económico para 2009.  "O risco de recessão nos EUA acumula o risco de recessão sobre os países mais abertos e vulneráveis da Europa como Portugal", concluiu.